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barragem do Fridão

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 06.03.10

          Quem  em direcção a terras  de Celorico  deixa Mondim, pela  recta da Pena,  de pronto dá  consigo  junto à "antiga serração" do Cunha Alegre e consequentemente da ponte que sobre o rio Tâmega separa Trás-os-Montes (Vila Real) do Minho (Braga). As placas de sinalização aqui  em evidência mostram bem que ali acabou  Mondim de Basto e que a ponte já está sob alçada da Direcção de Estradas  do Distrito de Braga. Assim, uma vez atravessada a ponte, entramos no Minho pela freguesia e paróquia de Santa Maria de Veade (Celorico de Basto).  

 

          Conforme do lado de São Cristóvão de Mondim se enxerga uma habitação ao fundo do tabuleiro, junto da qual outrora um tanque com dois fontenários de água fresca e cristalina saciaram a sede a muita gente, também quem desse lado de Veade olhar  para Mondim vê as instalações da dita fábrica de serração e perto dela,  junto  ao leito do Tâmega, o bar que durante o Verão serve os inúmeros banhistas e veraneantes frequentadores da zona.

          O Tâmega  a montante da ponte

           O Tâmega a jusante da ponte

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           O Tâmega no seu percurso por perto de  Amarante, onde ainda não há muitos anos corria como rio, hoje a cauda  da barragem do Torrão transformou o rosto paisagístico do Rio Sagrado que de terras de Espanha desce por uma nesga de Portugal a baixo até se encontrar com o Douro, em Entre-os-Rios. 

          Vítima dessa barragem, hoje a jusante  de  Amarante o Tâmega deixou de ser um rio para se transformar numa represa sem vitalidade que as algas e os mosquitos tomaram como espaço dantes reservado à flora e fauna tradicionais do nosso rio sagrado.

          O mesmo espectáculo  se verifica nas imediações do Marco de Canavezes, onde  mal chegam uns  dias mais quentes de Verão, logo é ver, como aqui, a albufeira  em  toda a sua  extensão revestida de algas azuis! Um foco de doença e degradação do ambiente e da paisagem natural. É o que está guardado para a região de Basto se entretanto  não travam a manifesta intenção dos inimigos do "sagrado tameobrigus", que teimam em primeiro matar Mondim e toda a região de Basto, e quando uma catástrofe do tipo da que  se abateu agora sobre o Chile,  então arrasar Amarante. Mas infelizmente até o Presidente da Câmara que votou contra a construção da barragem, já admite a construção desde que corra algum... O PS pode bater palmas!!!

          Activo está o Movimento de Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega, cujo Núcleo do Alto Tâmega vai levar a efeito no dia 8, às 20h30, no Salão Nobre dos B V de Vidago uma sessão de esclarecimento à volta do pretendido aproveitamento hidroeléctrico de Gouvães, Padroselo, Daivões e Alto Tâmega (Vidago), em fase de "consulta pública". Serão oradores António Luís Crespi ( Prof. da UTAD), José Emanuel Queirós (fundador do Movimento de Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega), Pedro Couteiro (COAGRET), João Branco (representante da Quercus-ANCN) e Amilcar Salgado (economista). 

          Também no próximo sábado, dia 13, o "Tâmega vai desaguar no salão dos Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto".  O poeta e prosador mondinense Luís Jales de Oliveira lança, por volta das 21h30, mais um titulo da sua lavra, agora consagrado ao Tâmega  que querem mutilar: Corre-me um Rio no Peito.

          Para dar força e não permitir que o região de Basto se transforme numa banheira de água choca e pestilenta, aproveitem e vão até Mondim "dar um mergulho, matar saudades e fazer um brinde à nossa Região" e manifestar o vosso e meu "Não" contra a barragem do Fridão  

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publicado às 16:20


8 comentários

De aquimetem, Falar disto e daquilo a 13.03.2010 às 23:19

Oportuno convite, o da Mgraça ! E oxalá "Corre-me um Rio no Peito" não seja um elogio fúnebre ao nosso Rio Sagrado, como já hoje disse ao conceituado poeta e prosador Luís Jales de Oliveira em mensagem que lhe enviei por email. Os mondinenses que se unam e juntos salvem o seu património paisagístico que tem no Tâmega, Monte Farinha e Fisgas de Ermelo peças únicas se originais. Que a história não maldiga esta geração ! Não há barragem de Fridão.

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