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Há já bastante tempo que não visitava a casa onde trabalhei muitos anos e cultivei amizades que jamais esquecerei. Lá voltei na passada segunda-feira para matar saudades e rever algumas das caras conhecidas que a missão cumprida, a aposentação ou as transferências não foram estorvo. Com as torres das Amoreiras a servir-lhe de pano de fundo, este imóvel de interesse publico é, desde 1979, onde a então criada ESSM, pela junção da Escola com o mesmo nome do Exército e da Escola de Enfermagem da Marinha, foi instalada e se mentem sediada.
Trata-se do Quartel de Campo de Ourique, um dos poucos Quarteis existentes em Portugal que foram propositadamente edifícios para aquartelamento de forças armadas. E que remonta ao tempo e determinação de Guilherme de Schaumburg-Lipe, o Conde de Lipe (Londres,9/1/1724-Wolpinghausem,10/9/1779), notável militar alemão que esteve ao serviço do Exercito Português que organizou profundamente. Quer a parada, quer os azulejos deste edifício militar são dignos de ser apreciados. Varias Unidades Militares ali tiveram quartel, como: Regimente de Gomes Freire (1803), o 4º de Infantaria (1810), Regimento de Infantaria 16, e em 1917, o Batalhão de Sapadores de Caminho-de-Ferro. Desde 1979, a Escola do Serviço de Saúde Militar (ESSM).
Mas uma visita não pode ficar-se por um passe muito bem, e até à próxima. Até à próxima sim, mas como diz o Dário: tragam um leitão, deste tamanho. Ao que o Zé Vargas de mão moderada, avisa: Olhe que um leitão assim é muito para quatro! No meio, o Capitão Godinho a ver se os dois chegam a um acordo, para futuro encontro, e eu entretanto aproveitei para fotografar a cena, deixando o prato em meu lugar, mas vazio! Os amigos são pérolas!
No Colégio dos Maristas (ao Alto dos Moinhos) decorreu este tarde o tradicional magusto da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro. Associação regional que no passado dia 23 de Setembro completou 104 anos de existência ao serviço da colónia transmontana e alto-duriense da capital. Este evento tem como objectivo reunir em alegre convívio o maior número possível de transmontanos à volta de uma tradição muito querida da nossa gente, que são os magustos, bem como contribuir para a promoção e divulgação dos produtos da nossa região.
Para o êxito que nestes últimos anos se tem verificado com a sua realização, conta sem sombra de dúvida o selecto espaço onde decorre, o colégio dos Maristas. Escola de inspiração cristã que tem como cariz principal o ensino e formação da juventude, meta que desde inicio lhe foi proposta pelo fundador do Instituto dos Irmãos Maristas, o francês Marcelino Campagnat, nascido em 1789.
Graças portanto à generosidade dos responsáveis por este colégio alfacinha, a Direcção da Casa de Trás-os-Montes tem sabido ser merecedora do uso das instalações disponíveis para este e anteriores convívios, e certamente vai continuar a merecer essa deferência. Faço votos que sim.
Sempre muita gente, há no entanto caras que nunca faltam, aqui temos uma bem conhecida de todos os transmontanos, e não só, o inconfundível barrosão Dr. Artur M. do Couto, ao qual quando lhe apareço não fico barato, mas que fazer!
Outro que também por dever, por ser o Presidente da Direcção, não falta é o Professor Dr. Jorge A. de Carvalho S. Valadares. Aqui o temos desengravatado a ver como param as modas.
Os produtos genuínos da nossas região desceram cá baixo, e tiveram provadores e compradores. Deviam descer mais vezes e em quantidade
Antes da alheira, na fatia de pão centeio; dos copos, um com castanhas, e outro, cheio de vinho, houve festa com folclore minhoto por um rancho constituido por gente do Minho residente no concelho de Loures. E que já se esqueceram do milho-rei, a espiga vermelha a que chamaram de rainha. Não, a rainha é entremeada. Entre os apreciadores aqui temos o meu conterrâneo Borges Lopes, atendo como os demais.
Antes das castanhas, danças minhotas
O video ajuda a uma melhor comprensão do que foi este convívio transmontano
Depois e no decorrer do magusto foi a exibição deste excelente grupo de cavaquinhos, formado por professores, aqui vê-se o Prof. Valadares no momento em que elogia e agradece a actuação do grupo a um dos seus elementos reponsáveis. Parabéns a todos e sobretudo aos que ainda se gastam em prol da valores e tradições do povo transmontano.
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