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Em todas as terras onde tenha altar, mas sobretudo naquelas que festejam os Santos Populares, o Santo António no seu dia, 13 de Junho, é festejado com muita animação, alguma por certo alheia ao que foi o viver e sentir do Santo, contudo também de muita piedade e devoção autenticamente cristã. Ontem pode verificar isso mesmo quem se abeirou deste imóvel alfacinha (igreja de Santo António) onde segundo conceituados autores nasceu, a 15 de Agosto de 1195, Fernando Martins de Bulhões.
Com Missas da parte de manhã, às 07h, 08h,09h,10h, 11h e às 12h Missa Solene, presidida por D.Joaquim Mendes, bispo auxiliar do Patriarcado, foi porém a Procissão que às 17h00 saiu a percorrer as ruas de Alfama que deu o testemunho fiel desta jornada de devoção antoniana. Ao incorporar no cortejo não centenas,mas milhares de devotos do Santo casamenteiro, padroeiro dos namorados e protector dos feirantes. Merecendo especial louvor o apoio material que a autarquia disponibiliza à organização através dos Serviços Municipais, Bombeiros e Polícia Municipal.
Filho e padroeiro de Lisboa não admira que nesse dia as principais forças vivas da cidade se associem às cerimónias religiosas que a Igreja e o povo cristão promovem em sua honra. Por isso esse bom exemplo voltou ontem a ser constatado com a presença do Sr Presidente da Câmara Municipal, Dr.António Costa, acompanhado de um bom número de variadores municipais.
A imagem que saiu da sua igreja para o vizinho Lg. da Sé formou ali a Procissão que só cerca de duas horas depois regresou ao lugar, onde frente à Sé Patriarcal foi ouvida a Mensagem e Hino de Acção de Graças. Nesta Sé, onde Fernando de Bulhões, que até aos 15 anos viveu com os pais, estudou na sua escola. Tendo depois entrado e professado no Mosteiro de São Vicente de Fora, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Rumou para Coimbra e no Mosteiro de Santa Cruz que dispunha da melhor biblioteca nacional de País muito se enriqueceu culturalmente. Também aqui em Coimbra já sacerdote tomou o habito franciscano, em 1220, e muda o nome de baptismo de Fernando para António.
Contornando a Sé pelo seu lado direito uma mola imensa de fieis acompanhou com fé e devoção a imagem em procissão do santo português que com fama de santidade faleceu em Pádua, a 13 de Junho de 1231, e que não demorou um ano, 30 de Maio de 1232, após a sua morte a ser canonizado por Gregório IX, no processo de canonização mais rápiddo de sempre na Igreja Católica.
Com receio de não aguentar todo o trajecto da procissão, decidi voltar ao ponto de partida e agora com espaço aliviado da multidão, que só daqui a cerca de uma hora vai regressar, aproveitar para fazer uma visita à Igreja, onde se pode venerar a Reliquia do osso do braço esquerdo do santo, e na Cripta, onde nasceu Santo António, oscular e venerar outro dos seus ossos. As principais relíquias de Santo António encontram-se na sua famosa basílica de Pádua.
Além da visita ao interior da Igreja que tem o franciscano Padre Jorge Marques por seu zeloso reitor, deu-se o milagre de eu poder ficar no topo da escadaria da igreja e dali assistir ao regresso da procissão ao Lg. da Sé, e por fim, do regresso da imagem de Santo António à sua igreja.
O regresso da procissão passado junto ao Lg. de Santo António
Vídeo onde mostra o regresso da imagem de Santo António à sua igreja.
Transportada pelos Bombeiros a imagem de Santo António volta à sua igreja. Depois de muito aplaudida pelas ruas de Alfama
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