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Mais uma vez os ex-alunos da antiga Escola Primária Masculina, nº61, do Altinho-Santa Maria de Belém se reuniram no seu jantar-convívio que bianualmente desde há uns anos a esta parte vêm organizando. Numa espécie de convidado de honra tenho vindo a participar nesses eventos e só faltei ao primeiro deste ano porque a doença de uma pessoa muito intima mo não permitiu. Mas como diz o ditado “não há bem que sempre dure, nem mal que não acabe”, e assim aconteceu na 6ª-feira, dia 25, pois de novo me juntei ao grupo para mais um animado jantar-convívio num restaurante da marginal, no Dafundo.
Como de costume a concentração é por volta das 18:00h junto á Chique de Belém, uma boa ocasião para recordar os tempos em que vivi e trabalhei naquela zona de Lisboa. E hoje mete-me pena ver as instalações das famosas OGME deitadas a baixo para transformar o espaço em Museu dos Coches, como o mal engendrado mono de cimento armado deixa ver. Ainda dizem que não há dinheiro neste país esbanjador!
Como noutra ocasião já os apresentei, são todos "pasteis" de alma e coração; a sua infância e juventude física, entronca nos bons tempos do C.F. Os Belenenses, com Matateu e Vicente no topo dos melhores jogadores portugueses.
Do grupo, fazem parte os meus ex-companheiros de trabalho, Fernando Pinto e o Tomé, mas ao Dr. Pegado devo o meu convite de ingresso. Este velho amigo que vem do Funchal propositadamente para tomar parte no evento de que é também um dos seus promotores e dinamizadores. Mas outros como o Eng. João Luís Inácio, o João Nabeiro e o Jaime colaboram no que podem. Nesta foto temos o grupo apanhado distraído na cavaqueira.
Aqui, o grupo já em pose para a foto, e todos prontos para o saboroso carneiro à casa.
Dos não condiscípulos, além de mim, também o Sr. Francisco Ferreira Borges, um "jovem" com 94 anos, foi outro convidado, este o decano de todos os participantes. E aqui o temos de copo em riste a mostrar aos jovens como é que se chega aos cem....Dizia-me o filho: hoje vi o meu pai fazer uma coisa que nunca lhe vi fazer: beber bagaço! Mas o que quero é que se sinta feliz. Parabéns a toda esta "juventude" da zona do Altinho e ao decano dessa "mocidade" dos tempos do Matateu e do Ferrador; aquele meu abraço, e desde já me faço convidado para no próximo dia 9 de Maio, pois quero um novo bate-papo com o "jovem" F. Ferreira Borges e de factos e figuras afetos a esta zona ocidental de Lisboa, como de seu irmão Amorim, que foi conhecido jogador do Belenenses e do Caldas de Rainha, ficar a saber mais.
E com este vídeo fica a reportagem mais completa e quem quiser ver as anteriores só tem que pesquisar por "dafundo" no blog: http://aquimetem.blogs.sapo.pt (Portugal, minha terra). A juventude do Altinho
Um mestre do pincel e paleta, que nas cores fortes se inspira
O pintor António Carmo é um distinto alfacinha que nasceu na Madragoa, em 1949. Fez os seus estudos na Escola Decorativa António Arroio, onde na área de Pintura cursou. Dotado com forte vocação e sensibilidade para a prática de tudo quanto seja arte em movimento e cor, também o actuar em palco ou salão lhe cativou o gosto, que satisfez, ao fazer parte do Grupo de Bailados Verde Gaio, entre 1967 e 1980.
Mas é do pintor que Fernando Paulouro Neves, faz este comentário: "Um dos traços distintivos da Pintura de António Carmo é o universo cultural que ela ilumina e reflecte como caligrafia plástica de grande beleza". Que mais adiante remata com este final: " Vou a Malraux e encontro porventura uma definição da arte de António Carmo, quando, em " As vozes do silêncio", ele escreveu: "A pintura tende muito menos para ver o Mundo que para, a partir dele, criar um outro; o Mundo serve o estilo e serve o Homem e os deuses". E clarifica: " À pergunta " o que é a Arte?", somos levados a responder:Aquilo pelo qual as formas se tornam estilo" É essa a verdade que irrompe e se afirma com as suas metamorfoses de imaginário, no universo criador de António Carmo".
De trato afável, expressivo e franco, o mestre Carmo deu-se-me a conhecer numa estação do Metro, onde ambos costumamos apanhar transporte, e desde esse dia passamos a ficar amigos. A sua pintura que já o levou a todos os cantos do mundo é também um complemento para o enriquecimento da bagagem cultural que a sua simplicidade não alardeia, mas o comportamento revela. Desses muitos países em que já expôs, destacamos: Inglaterra. Espanha, Holanda, Bulgária, Alemanha, Bélgica, Checoslováquia, Luxemburgo, Macau, Japão, Austrália, Guiné-Bissau, Marrocos, U.S.A; Canadá, Venezuela, Suíça, Suécia, Cabo Verde e Brasil. No país, não deve haver sítio nobre onde não tenha exposto. Neste momento, por um convite para a abertura da exposição sei que de 2 a 8 de Outubro pode ser visitada no Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, na Rua Fialho de Almeida, nº 3.
Tenho muita pena, mas neste lapso, vou-me andar arredio da capital; vou para outra, mas do barro leiriense. E deste modo perco de ver, mais uma das muito apreciadas exposições, do consagrado pintor português que tão brilhantemente cá, e além fronteiras, honra a arte das cores e Portugal
O modelo do pintor (2005)
Lembrança dos teus beijos (2005)
Destinos do Fado (2003)
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