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O Ano da Fé está a chegar ao termo. Da lavra esperam-se os frutos de que todos carecemos, mas Deus só os dá em abundância a quem fizer por merece-los, lançando a escada….
A iniciativa partiu de Bento XVI e vai encerrar com o Papa Francisco I, no próximo dia 24. Por certo que a muitos favoreceu e ajudou a melhor viver o ideal cristão que sem este apelo ao renovamento de compromissos a fé arrefece e perde força. Dia da Solenidade de Cristo Rei do Universo, é também no mês em que a Igreja celebra dois momentos cruciais para a fé cristã. No dia 1 de Novembro, Todos os Santos e no dia 2, Todos os Fiéis Defuntos. Estas duas datas são muito sentidas pelo povo cristão.
Como se pode ver é um mês muito rico em dias festivos pois além destes tem, no dia 11, São Martinho, com a tradição do vinho e das castanhas, à semelhança do pedir o bolinho, em dia de Todos os Santos, em certas zonas do pais, aqui bem documentado em poema de M. Matias Crespo:
O Dia do Bolinho
Manhã cedo, a petizada
Acorda alvoroçada.
Veste as roupas, apressada
e lá vai …a rua é dela…
Leva saquinha na mão
E bate de porta em porta
a pedir “pão”:
- Dá “pão de Deus”, meu senhor?
Uns dizem “não”,
secamente,
sem repararem
que , de tal modo, se lança
a tristeza
na alma de uma criança.
Outros dizem “sim”
e dão
uma formosa lição,
criando a esperança
nos homens de amanhã.
Também eu, neste momento,
peço bolinho ao leitor…
Não desejo rebuçados nem castanhas
nem moedas nem pevides
nem bolos adocicados…
Só vos rogo este favor:
- Não quebreis a tradição.
Dai muito ou pouco
à pequenada,
dai por amor
saído do coração
- É este o meu bolinho...
Não quero mais nada.
In O Mensageiro de Leiria, de 29/10/1987.
À volta do mês de Novembro, que é o decimo primeiro do ano civil. Mas era o nono mês do antigo calendário romano. Daí a origem da palavra Novembro, que vem, obviamente, da palavra nove ou nono. Mas é com o Símbolo dos Apóstolos, que encerro este post e assim procuro prestar homenagem às paróquias da baixa alfacinha que ao longo do Ano da Fé o incluíram em todas as missas celebradas de 2ª a 6ª-feira nas respectivas igrejas:
Símbolo dos Apóstolos
Creio em Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus,
onde está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo.
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna. Amen.
Que este Ano da Fé não se fique pelo que foram os actos mais ou menos solenes realizados ao longo do lapso envolvente, mas tenha continuidade e produza efeitos numa sociedade que parece desencontrada com ela própria. Há que não perder a fé, fonte de vida...
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