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Por decisão de um governo, apostado em salvar Portugal da "banca rota" e conseguir a recuperação da economia nacional, foram eliminados dois feriados e dois "dias santos" que faziam parte da história e da memória colectiva. Desse modo a Festa do Corpo de Deus, ou Corpus Christi que se celebrava 60 dias após a Páscoa, este ano pela primeira vez na história do país deixou de se celebrar na Quinta-feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade para acontecer no domingo mais próximo, desta vez foi a 2 de Junho. A decisão governamental de eliminar este feriado de principio trata-se de uma suspensão até 2018 altura em que a situação será reavaliada com a Santa Sé. Oxalá que nessa ocasião a voz dos fieis cristãos já se faça ouvir...
A primeira “festa" do Corpus Christi surge em consequência das revelações recebidas pela Beata Juliana de Retinne (Bélgica) por volta de 1246. Todavia só ganhou relevância universal desde que o Papa Urbano IV, em 1264, pela bula Transiturus, estendeu esta festa a toda a Igreja, como solenidade de adoração da Sagrada Eucaristia.
Em Portugal embora haja referências à sua comemoração desde os tempos de D. Afonso III, foi no reinado de D. Dinis e apartir de 1282 que a festa do Corpus Christi começou a ser oficialmente celebrada em todas cidades e vilas portuguesas.
Evento com mais de setecentos anos de prática efectiva no país, merecia maior respeito e consideração por parte dos nossos governantes e políticos, mesmo que não católicos. A machadada não foi na Igreja, mas sim na História de Portugal. Há dias o Papa Francisco I, afirmava: “Os corruptos esquecem o amor de Deus, estão apaixonados por si mesmos. Quanto mal fazem na Igreja!”.
As asneiras dos homens Deus as perdoa e ajuda a remediar, quem no domingo passado desceu à baixa alfacinha pôde em parte testemunhar isso mesmo ao ver a afluência de fieis que da cidade e arredores vieram incorporar-se na Procissão. Presidiu o cardeal D. José Policarpo agora na condição de Administrador Apostólico da Diocese de Lisboa.
Com o lema " Cristo vivo no coração da Cidade" a Procissão teve inicio às 17:00h no Largo da Sé e percorreu várias das ruas de Lisboa: Rua das Pedras Negras, Rua da Madalena, Rua dos Condes de Monsanto, Praça da Figueira, Rua da Prata, Rua da Conceição, Rua de Santo António da Sé e Largo da Sé, onde terminou cerca das 19:00h com a tradicional bênção. Após a bênção o Senhor D. José Policarpo dirigiu-se aos milhares de fieis que encheram as ruas da baixa e se incorporaram nesta Procissão que foi a sua última como Pariarca de Lisboa para lhes agradecer a participação e resposta ao seu apelo.
Das palavras ditas ficou: “Confesso que já estou com saudades, mas vamos continuar unidos como membros desta Igreja que amamos. Até aqui vos sabíeis como é que me havíeis de encontrar. A partir daqui nem eu sei garantir-vos, mas há um segredo que vos queria dizer: Quando estiverdes a adorar o Senhor diante da Eucaristia é muito provável que me encontreis lá”.
Para memória visual ficam também mais algumas fotos
Ordens, irmandades e associações desde sempre participaram nesta Solenidade
Também as instituições religiosas e poroquiais se fazem representar com todo o primor, aqui vemos o paroco de Santa Justa e Santa Rufina, Padre Vítor Gonçalves desfilando em território da sua área pastoral.
Na primeira fila, ao lado de um dos elementos da organização, o Vigário Regional da Prelatura do Opus Dei, em Portugal, Mons. José Rafael Espírito Santo.
Na cauda do desfile cerimonial o Pálio e nas mãos do Cardeal D. José Policarpo o Sagrado Corpo e Sangue de Jesus Cristo, o Cristo Vivo.
Logo atrás do pálio centenas de fieis acompanham o cortejo com muito respeito e devoção, se vê aqui já no regresso com a igreja da Madalena ao fundo.
O Largo da Sé foi pequeno para receber tantos fieis, muitos limitaram-se ao ouvir pelos altifalantes que a organinazação colocou ao longo do trajecto. A solenidade celebrou-se e celebra-se na mesma, mas o seu dia é como sabemos a uma Quinta-feira, 60 dias após a Pascoa. Respeite-se a história e as santas tradições.
Mais uma vez decorreu com brilho, na cidade de Lisboa, a Festa do Corpo de Deus que anualmente se realiza na 5ª-feira a seguir ao Domingo da Santíssima Trindade. Festa que no ano de 1246 teve a sua origem na cidade de Liège (Bélgica), e que depois, em 1264, o Papa Urbano IV, dotando-a com Missa e ofícios próprios, alargou a todo o mundo através da bula "Trânsitos. Terá chegado a Portugal nos finais do século XIII, e é uma das 7 solenidades religiosas que o povo português festeja, e a que mais nos torna identificados com a nossa condição de fieis cristãos.
Além da Festa do Corpo de Deus, temos mais o 1º de Janeiro, Dia de Santa Maria, Mãe de Deus; a Sexta-feira Santa, anterior ao Domingo de Páscoa; o 15 de Agosto, Assunção da Virgem Santa Maria; o 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos; o 8 de Dezembro, a Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, e a 25 de Dezembro, o Natal do Senhor. E mais devíamos ter, pois um 6 de Janeiro (Dia de Reis) ainda hoje se festeja em Espanha, e um 19 de Março (Dia de José) ou uma Quinta-feira de Ascensão (40 dias depois da Páscoa) são datas muito mais sentidas e vividas na alma do nosso povo do que por certo alguns feriados de ocasião....E também não me venham dizer que é devido aos dias santos de guarda e aos feriados nacionais que Portugal entrou em crise económica e deixou de produzir riqueza, porque só os ignorantes acreditam nos que fazem disso tese sua. Que são os mesmos de sempre: aqueles dos casamentos homossexuais. Na Alemanha que é o país economicamente mais forte da zona euro, na 5ª-feira do Corpo de Deus todo o comercio está encerrado, até nisto os alemães nos dão lições.
Mas vamos à nossa Festa do Corpus Christi, sabido que: em Lisboa, a partir do século XV, a sua procissão se tornou numa das mais grandiosas manifestações de devoção popular. E hoje mais do que noutras alturas é necessário e urgente continuar a caminhar "partindo" de Cristo, ou seja da Eucaristia. " Comer este pão é comunicar, é entrar em comunhão com a pessoa do Senhor vivo", afirma o Papa Bento XVI. Caminharemos com generosidade e coragem, dispostos a ser fermento da comunhão e decididos a servir todos, sobretudo os mais pobres.
Depois de vários anos interrompida, o cardeal D. António Ribeiro voltou a restaura-la em 2003, e assim em Procissão de novo " Cristo Vivo" passou a percorrer como outrora o coração da Baixa alfacinha. Este ano o dia calhou a 3 de Junho, e a Procissão saiu da Sé às 16h30 e pela Rua das Pedras Negras tomou a direcção da Praça da Figueira, e dali pela Rua da Prata ao encontro da Rua da Madalena por esta regressou à Sé Patriarcal, cerca das 17h30. Muita gente e muita fé pudemos ver.
Como sempre cabe as Forças de Segurança abrir fileiras....Aqui a GNR no comando!
A Cruz sinal do cristão
Os vários estandartes e bandeiras
Diversas ordens e irmandades.
Arautos do Evangelho
Religiosas de diferentes ordens
Pça. da Figueira - Párocos das diversas paróquias de Lisboa
Dignatários da Igreja em serviço no patriarcado de Lisboa
O Prior de São Domingos e Capelão da Senhora da Saúde
O Palio que abriga a Custódia onde escondido vai Cristo em Corpo e Alma
Muito povo e muitas religiosas
Filhas da Madre Teresa de Calcutá
Rua da Prata - A cauda da Procissão
Largo da Sé
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