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Com apresentação do Prof. Doutor Armando Palavras, ocorreu ontem, dia 22 de Fevereiro, na Biblioteca Municipal de São Lázaro, em Lisboa, o lançamento do opúsculo "Nossa Senhora da Graça - Na Fé dos Mareantes"; uma pequena brochura que contém o arrolamento de todas as paróquias de Portugal continental e insular consagradas a Nossa Senhora da Graça e aborda outras que não sendo de culto graciano, este, também ali é fervorosamente festejado. É o caso dos Milagres, em Leiria; de São Mamede de Talhadas, em Sever do Vouga; do Eixo, em Aveiro; de São Vicente de Pereira Jusã, em Ovar; de São Bartolomeu de Vale de Pinta, Cartaxo; de Santo Antão de Padim da Graça, Braga; de São Pedro de Vilar de Ferreiros, Mondim de Basto; ou São Pedro de Manteigas (Manteigas), donde partiu a devoção e a imagem da padroeira da paróquia de Graça, de Benguela (Angola). Destaque dá-se também a Nossa Senhora da Graça de São Salvador da Baia (Brasil) que graças ao insigne estudioso brasileiro Christovão de Avila soube foi a primeira Padroeira de terras de Santa Cruz.
Numa cerimónia muito familiar, mas com forte vertente intelectual, um punhado de bons amigos valeu por uma casa cheia. Quanto ao texto o Prof. Doutor Armando Palavras teceu uma elogiosa apreciação como é típico das pessoas generosas.Também a Maria da Graça interveio, assim como o Dr. Artur Couto que com muita lógica fez uma apreciação critica.
Com a presença do ilustre historiógrafo minhoto, Jofre de Lima Monteiro Alves; do distinto beirão, José António Silva; do barrosão, Dr. Artur Monteiro do Couto; da divulgadora dos trasmontanos com mérito, a mondinense Maria da Graça Matos; do apreciado poeta e escritor João de Deus Rodrigues, de Macedo de Cavaleiros; do conceituado bajouquense Dr. José Vitoria Fernandes; do autor, um filho de Vilar de Ferreiros; do orador convidado Armando Palavras, afecto a Freixo de Espada a Cinta; e da Dra.Gisela, na caixa e nas fotografias, o lançamento ficou feito. Agora é só aguardar por melhores dias...
O Ano da Fé está a chegar ao termo. Da lavra esperam-se os frutos de que todos carecemos, mas Deus só os dá em abundância a quem fizer por merece-los, lançando a escada….
A iniciativa partiu de Bento XVI e vai encerrar com o Papa Francisco I, no próximo dia 24. Por certo que a muitos favoreceu e ajudou a melhor viver o ideal cristão que sem este apelo ao renovamento de compromissos a fé arrefece e perde força. Dia da Solenidade de Cristo Rei do Universo, é também no mês em que a Igreja celebra dois momentos cruciais para a fé cristã. No dia 1 de Novembro, Todos os Santos e no dia 2, Todos os Fiéis Defuntos. Estas duas datas são muito sentidas pelo povo cristão.
Como se pode ver é um mês muito rico em dias festivos pois além destes tem, no dia 11, São Martinho, com a tradição do vinho e das castanhas, à semelhança do pedir o bolinho, em dia de Todos os Santos, em certas zonas do pais, aqui bem documentado em poema de M. Matias Crespo:
O Dia do Bolinho
Manhã cedo, a petizada
Acorda alvoroçada.
Veste as roupas, apressada
e lá vai …a rua é dela…
Leva saquinha na mão
E bate de porta em porta
a pedir “pão”:
- Dá “pão de Deus”, meu senhor?
Uns dizem “não”,
secamente,
sem repararem
que , de tal modo, se lança
a tristeza
na alma de uma criança.
Outros dizem “sim”
e dão
uma formosa lição,
criando a esperança
nos homens de amanhã.
Também eu, neste momento,
peço bolinho ao leitor…
Não desejo rebuçados nem castanhas
nem moedas nem pevides
nem bolos adocicados…
Só vos rogo este favor:
- Não quebreis a tradição.
Dai muito ou pouco
à pequenada,
dai por amor
saído do coração
- É este o meu bolinho...
Não quero mais nada.
In O Mensageiro de Leiria, de 29/10/1987.
À volta do mês de Novembro, que é o decimo primeiro do ano civil. Mas era o nono mês do antigo calendário romano. Daí a origem da palavra Novembro, que vem, obviamente, da palavra nove ou nono. Mas é com o Símbolo dos Apóstolos, que encerro este post e assim procuro prestar homenagem às paróquias da baixa alfacinha que ao longo do Ano da Fé o incluíram em todas as missas celebradas de 2ª a 6ª-feira nas respectivas igrejas:
Símbolo dos Apóstolos
Creio em Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus,
onde está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo.
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna. Amen.
Que este Ano da Fé não se fique pelo que foram os actos mais ou menos solenes realizados ao longo do lapso envolvente, mas tenha continuidade e produza efeitos numa sociedade que parece desencontrada com ela própria. Há que não perder a fé, fonte de vida...
Este ano a famosa procissão de Nossa Senhora da Luz que todos os anos tem lugar em Carnide (Lisboa), no último domingo de Setembro, foi antecipada para o domingo anterior, visto este ano haver eleições autárquicas, nesse dia, em Portugal. Desde 1443, faz agora 550 anos, que Nossa Senhora é cultuada por esse titulo, que dizem se veio sobrepor ao do Espírito Santo que primeiro teve ali ermida. Quem de certeza foi e é também cultuado em Carnide é o meu vizinho São Lourenço, patrono da freguesia e que este ano, com São Francisco foi também na procissão. Uma iniciativa muito louvável do zeloso pároco Frei José António
Se as cerimonias religiosas atraem milhares de devotos, vindos das mais afastadas redondezas da capital, a feira da Luz por sua vez contribui de certa forma para dar apoio a esse avolumar de fieis que aproveitam para mercar ou comercializar numa feira, onde se vendem roupas, olaria, cestaria, loiças, artesanato, mobiliário, e não falta também a boa restauração, as farturas e a tasquinha dos coiratos. Já lá vai o tempo em que era uma das mais importantes feiras de gado da região saloia e alfacinha. Tudo acaba e até o que resta de feira, por este andar também está por um fio...
Indisponível para acompanhar a procissão ao longo de seu trajecto optei por aguardar a sua passagem junto ao portão da igreja de São Lourenço, onde sabia ela ia passar para integrar no cortejo o padroeiro e seu companheiro São Francisco. Do Santuário da Luz, pela Rua da Fonte, a procissão saiu por volta das 16:00h após a missa solene, e ao passar ao portão da quinta de São Loureço recebeu as imagens a que se fez referencia, continuando agora pela Estrada da Correia, Largo do Malvar e Largo do Jogo da Bola, de regresso ao Santuário.
Como sempre muitos devotos na procissão, e muitos fieis que pela idade ou maleitas, e muitos também por comodismo, se ficam pelo caminho ou janela. Há de tudo e o importante é ter fé, até porque estamos em Ano dela.
A passar junto ao portão da igreja de São Lourenço
Momento em que as imagens se integram na procissão sob orientação do padre frei Silvestre, aqui muito atento a ver desfilar os devotos
Ainda no mesmo local outra foto que mostra a procissão a deixar o Largo do Coreto para entrar na Estrada da Correia.
Na Estrada da Correia, junto ao Chafariz
Aqui a procissão já no Largo do Malvar, no momento em que passava o Pálio, com o Santo Lenho
E logo a trás do Pálio, a Imagem de Nossa Senhora da Luz que este ano celebra 550 Anos de Luz...
Natural de Torres Vedras, onde nasceu a 16 de Julho de 1948, D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, após a sua ordenação sacerdotal desempenhou as funções de vigário paroquial nas paróquias de Torres Vedras e Runa até 1980, altura em que foi nomeado para a equipa formadora do Seminário dos Olivais. Foi nomeado cónego da Sé Patriarcal em 1989. Depois entre 1989 e 1997 foi vice-reitor deste seminário e em 1997 foi promovido a reitor.
Foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa, com o titulo de bispo titular de Pinhel, a 6 de Novembro de 1999 por João Paulo II. A ordenação episcopal decorreu a 22 de Janeiro de 2000 na igreja do Mosteiro dos Jerónimos. Escolheu para lema episcopal: «In Lumine tuo».
A 22 de Fevereiro de 2007 foi nomeado bispo do Porto pelo Papa Bento XVI. Entrou solenemente na diocese a 25 de Março.
A 18 de Maio de 2013, a Nunciatura Apostólica numa nota enviada à agência Ecclesia anuncia oficialmente a sua nomeação como Patriarca de Lisboa. Numa declaração de despedida à diocese do Porto, D. Manuel Clemente deixa a certeza de que “o coração não tem distância, só profundidade acrescida”.
A posse canónica decorreu a 6 de Julho na Sé Patriarcal, perante o Cabido da mesma, e a entrada solene no Patriarcado de Lisboa realizou-se no dia seguinte, Domingo, 7 de Julho, na igreja do Mosteiro dos Jerónimos, às 16:00h. Conceituado homem de Cultura e excelente facilidade de comunicar, D. Manuel Clemente é autor de uma vasta obra historiográfica, com destaque para títulos como: Portugal e os Portugueses e Um só propósito publicados em2009 e Igreja e Sociedade Portuguesa, do Liberalismo à República. Também nos meios de comunicação social D.Manuel Clemente é uma figura bem conhecida e admirada por crentes e não crentes
Esta nomeação não foi de todo uma surpresa, uma vez que que D. Manuel Clemente é considerado um dos profundos pensadores do País na actualidade, e há muito era dado como o mais provável sucessor de D. José Policarpo; confirmou-se, assumindo, assim, o mais destacado cargo da Igreja Católica em Portugal. Recorde-se que pelo facto de Lisboa ser sede de um Patriarcado Metropolitano, ou seja, o Patriarca é também Metropolita da Província Eclesiástica de Lisboa, D. Manuel Clemente recebeu o pálio das mãos do Papa Francisco, durante uma cerimónia de imposição que decorreu na Basílica de São Pedro, em 29 de Junho pp.
Aproposito é de lembrar também que por Bula do Papa Clemente XII, de 17 de Fevereiro de 1737, ficou determinado que a pessoa nomeada Patriarca de Lisboa seja elevada à dignidade cardinalicia no Consistório imediato à sua eleição. Desse modo só nessa ocasião é que o Patriarca de Lisboa após a elevação a Cardeal assume o titulo da Cardeal-Patriarca de Lisboa.
À Eucaristia da sua entrada solene na diocese, assistiram as mais altas individualidades religiosas, civis, militares e politicas que no fim foram cumprimentadas, ao fundo da igreja, por D. Manuel. Entre as caras conhecidas destacamos a esposa de Dr. Mário Soares, que não é agnóstica....
Além do Presidente da Republica, também a Presidente da Assembleia da Republica e o Primeiro Ministro se associaram à solenidade
Também D. Duarte Nuno e família como bons cristãos jamais faltariam a um acto desta natureza.
Só a RTP-1 é que se portou muito mal numa transmissão que passou parte do tempo estagnado, sem imagem, e a pedir desculta por um problema que é o habitual: de servir mal os seus telespectadores. Não souberam, ou não sabem, aproveitar o que podia ser digno de ver. Mesmo assim, aproveitei alguma coisa
Eng. Jorge Jardim Gonçalves Carlos Santos Ferreira Miguel Cadilhe
O maior banco privado português foi fundado por Jorge Jardim que até há bem pouco tempo era considerado um dos principais empregadores deste país das bananas e também um dos mais notáveis gestores da nossa praça. A inveja e o oportunismo de uns tantos da laia de um Sr. Joe Bernado , que ainda não explicou a ninguém como fez a sua fortuna, motivaram que se levantasse uma campanha contra ele de modo a que resultasse em beneficio de quem neste momento tem as rédeas do poder: os socialistas.
Sem atender ao prejuízo que representou para Portugal este trazer para a praça publica o que só no interior da respectiva instituição bancária devia ser tratado, acresce ainda o facto de vermos o assunto ser politizado com a escolha por parte do governo de Carlos Santos Ferreira para presidente do BCP , o maior e mais prestigiado banco privado de Portugal. Obra, repito, que Jorge Jardim construiu e por isso tem direito a ser respeitado por essa seita de oportunistas que como abutres lutam por um lugar ao sol, pois nunca souberam fizer mais nada.
Não se percebe, mas algo de enigmático se passou para que Santos Ferreira deixasse a CGD e ontem mesmo fosse eleito presidente do BCP com 97,76%, será porque é assim tão notável gestor? Miguel Cadilhe que também concorreu e teve a seu lado o Sindicato dos Bancários e os pequenos investidores considera que a actuação de Victor Constâncio neste processo é imperdoável. E o governo ao descurar a CGD?
É o assalto do poder à banca privada !
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